Sobre os antigos samurais, pouco ou quase nada sabemos. No entanto, é um facto a estreita relação com o feudalismo, cujo crescimento e desenvolvimento se deu durante um longo período de guerras, oriundas de conflitos por posse de terras.
Fenômeno de uma sociedade rural, eles eram homens rudes, hábeis no manejo da espada e da cavalaria, artes que aprendiam desde cedo. Morrer em batalha a serviço do seu senhor, era considerado a morte mais adequada para um samurai.
Acreditavam que uma morte honrada garantiria a vida eterna no outro mundo. De entre os samurais, o mais citado é Myamoto Musashi. Era portanto uma classe que, surgida dos pequenos lavradores autônomos, ao se sentirem desprotegidos, organizavam-se para se defenderem, surgindo assim, a classe dos samurais ou bushis.
Em 1609 o Clã Satsuma, formado por samurais do Japão, invadiu e conquistou Okinawa, incorporando o arquipélago ao Império Japonês. A primeira providência foi a de proibir o porte e o uso de armas. Mas era muito tarde! Os nativos e pescadores olhados com desprezo pelos conquistadores, tinham em suas mãos sementes de uma das mais devastadores artes marciais conhecidas, o Karatê-Dô.
Ao que se sabe o seu pai teria sido assassinado por um samurai, o que fez com que, órfão e desamparado, acompanhasse um grande samurai durante anos, nas suas andanças através do Japão, implorando que lhe ensinasse asua arte. O samurai contrariado com o miudo que nunca o abandonava, recusava-se a ensina-lo até que, habituado à sua presença, passou a usá-lo como cobaia de novos golpes que criava.
Para esse treino valiam-se de ramos de árvores desfolhados, evitando assim os ferimentos que fatalmente ocorreriam se usassem a espada de verdade. Essa prática fez com que Musashi, usasse, para o resto da sua vida, um pedaço de pau ao atacar os seus adversários, utilizando a espada apenas para o golpe de misericórdia.
Tendo-se tornado um fortíssimo cultor de espada, matou o assassino do seu pai numa luta frente a frente. A partir daí tornou-se um samurai errante, respeitado e temido por todo o Japão. Pouco antes da sua morte, enclausurou-se numa caverna nas montanhas de Kyushu, deixando registrado a sua filosofia.
O seu livro tornou-se um clássico da sabedoria japonesa, tornando-se uma referência fundamental para os estudiosos das artes marciais, tanto no Oriente como no Ocidente.
A importância da perseverança, da iniciativa, do auto-conhecimento e da paciência, principalmente durante os momentos de crise, são alguns dos ensinamentos que foram deixados por Musashi e incorporados nos ensinamentos das artes marciais.
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